Bondes

Segundo bonde a chegar em Campinas no ano de 1912, fabricante J.G.Brill, denominado Carro 114.
Segundo bonde a chegar em Campinas no ano de 1912, fabricante J.G.Brill, denominado Carro 114.

No final do século XIX, Campinas passava por transformações bastante significativas, principalmente proporcionada pela estrutura cafeeira que aqui se modernizou, ocorrendo no espaço urbano profundas transformações como a instalação de uma empresa de transporte urbano por bondes tracionados por animal, da companhia de água encanada, de uma empresa de telefonia, dos curtumes, das indústrias têxteis, das fundições entre outros empreendimentos, e inserido neste contexto as estradas de ferro.

Carris, Tramway, Streetcar, Eléctrico, Tramvia e no Brasil: Bonde.

A palavra bonde surgiu em 1879, sua origem se deve ao fato de que na época a passagem do CARRIL DE FERRO (no Rio de Janeiro) custava 200 Reis, mas não existiam moedas ou cédulas deste valor em circulação. Em vista disso, a empresa teve a ideia de emitir pequenos cupons (bilhetes), em cartelas com cinco unidades, ao preço de mil reis, cuja cédula circulava em grande quantidade. Os bilhetes (ricamente ilustrados) impressos nos Estados Unidos foram logo denominados pela população como bonds (Bônus, Ação).

A própria empresa denominava bond aos cupons, por entender que realmente representavam o compromisso assumido de em troca, transportar o portador em um de seus veículos. Os bilhetes também eram utilizados como troco, e podiam ser convertidos em moeda corrente nos escritórios da empresa, ou ser utilizados em futuras viagens. Na mesma época o Governo havia emitido e vendido na Europa ações ricamente ilustradas, conhecidos no exterior como bonds.

A imprensa noticiou a emissão destes bonds como um escândalo, os jornais criticavam os bonds em manchetes, o fato foi muito contestado pela imprensa. O povo associou os bonds aos bilhetes do Carril de Ferro, e passou a denominar os bilhetes, e aos veículos das empresas de carris de ferro urbano como bond, designação que se consagrou com o neologismo "bonde".

Energia elétrica e ferrovias ligação direta.

1752 – Benjamin Franklin nos Estados Unidos da América descobre o para-raios por meio de pesquisas que estava desenvolvendo sobre a eletricidade;

Início do séc. XIX o Italiano Volta desenvolve um gerador químico de corrente elétrica;

1872 – A Companhia Paulista de Estradas de Ferro – CPEF, inicia o tráfego aberto a público;

1875 – Começa a operar a Companhia Mogyana de Estradas de Ferro – CMEF;

1878 – No mês de outubro formou-se a Companhia Campineira Carris de Ferro – CCCF, com um capital inicial de dez contos de réis (dividido em ações), sendo fundadores o Sr. Bento Quirino dos Santos e o Sr. Manoel Carlos Aranha (Barão de Anhumas) também acionista e organizador das empresas ferroviárias Companhia Paulista de Estradas de Ferro e Companhia Mogyana de Estradas de Ferro.

1879 – Thomaz Alva Edison desenvolve a 1° lâmpada incandescente;

. Utiliza-se a eletricidade pela 1° vez no Brasil para iluminar a estação da Estrada de Ferro D. Pedro II no Rio de Janeiro/RJ;

. Em 25 de setembro o tráfego de bondes com tração animal (burros) da Companhia Campineira Carris de Ferro se inicia, que tinha como contrato de concessão junto ao poder público municipal, um período de 50 anos para a exploração do serviço. . As quatro primeiras linhas foram denominadas A, B, C, D designadas Estação, Guanabara, Frontão e Maternidade, o que formava um desenho em cruz das primeiras linhas para o tráfego dos bondes. Posteriormente surgiram as linhas E, Intermediário, Aquidabã, e Fundão;

1880 – A barragem em Fox River em Appleton, Wisconsin, EUA, foi o local da primeira usina hidrelétrica do mundo;

1882 – A 1°central elétrica é construída por Thomaz A. Edison em Pearl Street/NY;

1883 – Começa a funcionar a 1° usina térmica em Campos/RJ, inaugurada por D. Pedro II. Esta usina foi a 1° de serviço público municipal de iluminação elétrica da América do Sul e do país, marcando a entrada do Brasil na era da eletricidade;

. Neste mesmo ano instala-se em Diamantina /MG no Ribeirão do Inferno, afluente do Rio Jequitinhonha a 1° usina hidrelétrica do Brasil com apenas 500 Kw de potência;

1886 – A Companhia Paulista de Estradas de Ferro instala a eletricidade por meio de um dínamo a vapor da marca Elwell Parker de 700 rotações por minuto em suas oficinas, inclusive ilumina a Estação Campinas;

1888 – A usina Marmelos-Zero, no Rio Paraibúna em Juiz de Fora/MG. Com 4 MW de potência instalada, passou a ser a 1° de grande porte no Brasil;

1889 – Enquanto em outras áreas do município a nova tecnologia da ferrovia e eficiência intensificava a produção cafeeira, na Região Norte os Distritos de Sousas e Joaquim Egídio, por onde o café havia entrado em Campinas, ainda dependiam de muares (mulas), pois não conseguiam suprir a demanda e apresentavam uma grande dificuldade em trafegar pela região de relevo bastante acidentado. .
Este fato foi decisivo para que os fazendeiros do Arraial de Sousas e imediações fundassem a Companhia Ramal Férreo Campineiro – CRFC. O projeto da companhia tinha como início a Estação Campinas (centro da cidade) da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, e o final se dava na Fazenda Cabras no Distrito de Joaquim Egídio. O trecho ferroviário continha 33 quilômetros de linha principal e um ramal, o de Santa Maria com o final na Fazenda Alpes, detendo 10 quilômetros, totalizando 43 quilômetros de linha;

1894 – Inauguração do tráfego da Companhia Ramal Férreo Campineiro em toda a sua extensão, inclusive o Ramal Santa Maria, chamado popularmente de Dr. Lacerda;


Trem a vapor da Cia. do Ramal Férreo Campineiro –CRFC na Estação Cabras em 1917.

1898 – Na Typographia Casa do Livro Azul inaugura-se a iluminação elétrica por meio de um dínamo movido a vapor, 1° edificação comercial da cidade a receber esse melhoramento;

1901 – A São Paulo Tramway, Light & Power Company, inicia as atividades na cidade de São Paulo inclusive com os serviços de bondes elétricos.

. Nesta mesma data o norte-americano Albert Jackson Byington compra uma empresa de energia em Sorocaba/SP, iniciando a base para uma futura empresa que seria fundada em Londres em 1913 a Southern Brazil Electric Company, formada por capitais ingleses;

1903 – Estão concluídas as Oficinas da Companhia Mogyana de Estradas de Ferro em Campinas, construída entre as estruturas ferroviárias uma Usina Geradora, uma das maiores e mais modernas da época no Brasil;

1904 – Na cidade de São Paulo a São Paulo Tramway Light & Power encerra os serviços de bondes tracionados por animais. Neste mesmo ano a Companhia Campineira Carris de Ferro que passava por dificuldades em relação ao material rodante (bondes) porque se encontravam deteriorados e a decisão da empresa paulistana/canadense em finalizar os serviços por tração animal veio de encontro às necessidades da CCCF que comprou os veículos lhe rendendo uma sobrevida.

A maior parte destes veículos foi importada dos Estados Unidos, com capacidade para 25 passageiros, o condutor e o cocheiro. Em São Paulo eram pintados de verde musgo, e na parte superior dos balaústres na lateral do veículo estava escrito CVP – Companhia Viação Paulista. Por serem parecidos com os que aqui trafegavam a Companhia não realizou qualquer intervenção, nem os pintou, simplesmente apagou a designação CVP e os colocou para trafegar;


Um dos carros da Cia Viação Paulista - CVP adquiridos pela Cia. Campineira Carris de Ferro – CCCF em 1904.

1904 – Começam na capital da República na cidade do Rio de Janeiro as atividades da The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power, o mesmo processo de eletrificação de São Paulo inclusive com o serviço de transporte urbano por bondes;

. Neste mesmo ano em Campinas funda-se a Cavalcante, Byington & Cia. criada pelos empresários: Albert Jackson Byington, Francisco Villela de Paula Machado, Artur Moraes Jambeiro Costa e Arthur Furtado de Albuquerque, para aproveitar a queda d’água no Rio Atibaia que fica nesta localidade, gerando energia elétrica.

1905 – A empresa Cavalcante, Byington & Cia. começa a construção da sua 1° usina, a do Salto Grande, na fazenda do mesmo nome localiza no Município de Campinas;

1906 – Começa as operações da Usina de Salto Grande, com capacidade inicial de 720 Kw fornecida por um único gerador, mas no princípio a energia produzida é destinada apenas para Itatiba e para o Distrito de Sousas em Campinas. Não era permitido a Cavalcante, Byington & Cia. estender os postes de transmissão de energia elétrica ao centro da cidade por já existir concessão para outra empresa de iluminação urbana, a Companhia Campineira de Iluminação a Gás.

Uma das turbinas hidroelétricas da Usina de Salto Grande construída no Rio Atibaia em Campinas em 1906.

Um dos sócios da companhia de iluminação a gás, Arthur Cavalcanti que também era acionista da Cavalcanti, Byengton & Cia. por ter a concessão de uso para a energia elétrica no Centro de Campinas, vende a Companhia Campineira de Iluminação a Gás a Cavalcanti, Byington & Cia. formando a Companhia Campineira de Iluminação e Força. Apesar de ter adquirido e formar uma nova empresa de energia, a antiga concessão realizada entre a Companhia Campineira e Iluminação a Gás e a Câmara Municipal não previa a iluminação pública por meio da eletricidade;

1907 – A negociação para a mudança do contrato demorou alguns anos para ser realizada, enquanto não era efetivado a nova versão e poder montar a rede de energia elétrica no centro de Campinas, a Companhia Campineira de Iluminação e Força começou a fixação dos postes de ferro, que serviam tanto para a distribuição de força quanto para iluminação pública, substituindo deste modo os lampiões a gás, ocorrendo estas instalações no decorrer da noite, clandestinamente. Neste ano a Companhia Campineira de Iluminação e Força instalou e inaugurou na Casa Barsotti - bar e restaurante - as primeiras lâmpadas e ventiladores de teto.

1910 – Neste ano visando a operação dos bondes elétricos os acionistas mudam o nome da empresa para Companhia Campineira de Tracção Luz e Força. No centro da cidade na Rua Bernardino de Campos, atrás do Monumento-túmulo de Carlos Gomes, o Teatro Carlos Gomes (Cassino) – um teatro de pequeno porte e decoração requintada durante muitos anos foi um ponto de encontro da sociedade local – em véspera de sua inauguração, esteve aberto a visitação pública desde as seis horas da tarde, acolhendo grande número de pessoas que ali foram especialmente convidadas para apreciar “deslumbrante iluminação elétrica” distribuída por um lustre central e várias outros menores colocados entre as frisas e camarotes instalados por esta companhia elétrica.


Sede da Companhia Campineira de Tracção Luz e Força que ficava a Rua Bernadino de Campos com a Rua Barão de Jaguara.

1911 – Entre a Companhia Campineira de Tracção Luz e Força e a Câmara Municipal de Campinas é assinado um contrato para a concessão de operação dos bondes elétricos, luz e energia por um prazo de 35 anos. Os preços estipulados são vantajosos, pois iria se cobrar por Kw 400 réis para a luz e 250 réis para a força motriz. Para as fazendas e sítios convencionais o preço era de 90.000 réis por HP ano.

Esta Companhia inicia a implantação da via permanente (trilhos e dormentes) das linhas dos bondes elétricos pela cidade, o fim da Companhia Campineira Carris de Ferro não foi tranquilo, pois a concessão terminaria em 1929, portanto ainda faltavam 17 anos para finalizar o contrato com a Prefeitura Municipal de Campinas;

1912 – Por diversas vezes houve a tentativa da Cia. Carris de embargar as obras por via judicial, interpelado por seu último presidente o Tenente-Coronel Gabriel de Carvalho, contudo foi em vão. A inauguração do sistema dos bondes elétricos ocorreu em 24 de junho. Ambos os sistemas trafegaram juntos por alguns meses, até que por falta de passageiros, a empresa de bondes com tração animal encerrou as atividades, pois a pessoas preferiam andar em algo “moderno”, limpo e não mal cheiroso.

A Companhia Campineira Carris de Ferro recolheu o material rodante em um depósito existente próximo ao gasômetro da antiga Companhia Campineira de Iluminação e Força. A Companhia Campineira de Tracção Luz & Força acabou adquirindo este material após a Cia. Carris falir. Atualmente a área citada se localiza na Av. Anchieta onde está a Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL.

No dia 03 de abril foram acesas 240 lâmpadas elétricas de 60V, correspondente a primeira seção urbana que abrangia a Rua Dr. Quirino o Largo de São Benedito e a Praça Imprensa Fluminense.

As primeiras linhas dos bondes elétricos foram denominadas:

Estação

Hipódromo

Ginásio

Frontão

Fundão

Vila Industrial

Guanabara

Para percorrer o sistema a Companhia adquiriu oito carros, sendo estes comprados de segunda mão da cidade de Philadhelfia nos E.U.A., do fabricante John George Brill, porém em sua lista de encomendas a “Tracção”, como ficou conhecida, já fizera o pedido de mais dez bondes a esta empresa norte-americana.


Primeira turma de empregados do “Transito” da C.C.T.L.&F. em 1912. Foto realizada na garagem da empresa a Rua Dr. Ricardo, vendo o primeiro carro recebido pela Companhia.

1913 – Inauguram-se as linhas:

Taquaral

Maternidade

Vila Industrial (Via Hipódromo e Ponte Preta).

Albert Jackson Byington (um dos proprietários da C.C.T.L.&F.) funda em Londres a The Southern Brazil Electric Company, passando a controlar a suas empresas no Brasil, inclusive a Companhia Campineira de Tracção Luz & Força.

1915 – A Companhia Campineira de Tracção Luz & Força tem interesse em adquirir a Companhia do Ramal Férreo Campineiro para integrar com o sistema implantado na cidade. Como esta empresa ferroviária estava com a situação financeira insatisfatória, vendeu o seu patrimônio a companhia interessada. O leito original desta ferrovia operava com locomotivas a vapor em bitola (distancia entre trilhos) de 0,60 cm. A CCTL&F após comprar a CRFC, começou o alargamento da bitola para 1 metro, e a eletrificação do traçado.

1917 – Em março inaugurou o primeiro trecho de 17 quilômetros entre o centro da cidade (partindo em frente à Estação Campinas da Cia. Paulista de Estradas de Ferro) e o Arraial de Sousas. Inicialmente operou com os mesmos veículos – carros abertos – que existiam no núcleo urbano da cidade.

1919 – No mês de outubro finalizou as obras chegando ao final da linha na Fazenda Cabras no Distrito de Joaquim Egídio totalizando 33 quilômetros, o Ramal de Santa Maria nunca foi eletrificado. Foi à terceira empresa no Brasil a eletrificar um traçado ferroviário, sendo a primeira a Estrada de Ferro do Corcovado na cidade do Rio de Janeiro e a segunda a Estrada de Ferro Morro Velho, na cidade de Nova Lima no Estado de Minas Gerais.

1920 – No começo desta década as linhas receberam uma numeração que pouco mudou durante a existência dos bondes, ficando denominadas:

Linha 01 – Vila Industrial

Linha 02 – Vila Industrial (Via Hipódromo)

Linha 03 – Guanabara

Linha 04 – Taquaral

Linha 05 – Estação

Linha 06 – Cambui

Linha 07 – Frontão

Linha 08 – Bonfim

Linha 09 – Maternidade

Linha 10 – Fundão

Com a energia elétrica muda a filosofia de consumo. Os aparelhos eletrodomésticos rapidamente vão substituindo as geladeiras de madeira e alumínio que conservavam as barras de gelo compradas na Fábrica de Gelo e Cerveja Colúmbia. O fogão de carvão deixa de ser usado pela dona de casa que passa a utilizar o fogão elétrico. “Foi uma revolução em termos de vida doméstica dentro de casa” relata o Professor Lapa.

Ventiladores, ferro de passar roupa e outros aparelhos elétricos vão surgindo aos poucos nas residências desta década. Nas lojas os aparelhos trazidos dos Estados Unidos da América são atrativos para os campineiros. Pode ser que a própria Companhia Campineira de Tracção Luz e Força importasse esses equipamentos para incentivar o consumo de energia elétrica.

1921 – A Companhia Campineira de Tracção Luz e Força faz encomenda a John George Brill and Company – empresa norte-americana fabricante de trólebus e material ferroviário entre eles os bondes – dois veículos, para trafegar unicamente na linha de Sousas eletrificada dois anos antes.

O material rodante solicitado foram “Carros Combinados” contendo primeira classe, segunda classe – para passageiros – e bagagem. O conjunto mecânico era rodado duplo, enquanto que os usados anteriormente eram de rodado simples fixado diretamente ao chassi. O conjunto elétrico utilizado foi Westinghouse já os bondes da cidade o equipamento elétrico era General Eletric, a corrente se manteve em 600 Volts, a mesma voltagem dos bondes abertos.

O Salão de Passageiros da Primeira Classe foi dado um acabamento com madeiras nobres como Mogno e Cerejeira envernizados. Os bancos tinham encostos reversíveis do modelo “Winner” e eram confeccionados com estruturas de madeira e ferro. O enchimento era de algodão revestidos com “palhinha” com capacidade de 24 lugares.

O Salão de Passageiros da Segunda Classe era ligado diretamente ao compartimento da Bagagem e os bancos foram colocados de forma longitudinal e construídos de Pinho Amarelo, bem como o revestimento. A capacidade era de 27 lugares. Nas duas plataformas havia mais dois lugares cada, totalizando a capacidade do veículo em 55 lugares. Popularmente foram chamados de “bondões” devido ao tamanho deste veículo ser bem maior em relação aos carros abertos que anteriormente trafegavam no trecho.


Bonde da C.C.T.L.&F. tipo “Combinado” parado na Estação Joaquim Egydio na década de 1920

1927 – A partir deste ano a empresa norte americana American & Foreign Power Company – AMFORP (subsidiária da EBASCO), começa a adquirir empresas de energia elétrica no interior do Estado de São Paulo, inclusive a Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL, que fornecia energia elétrica para Botucatu, São Manoel e Dois Córregos, no interior paulista. Em Campinas se mantinha o mesmo proprietário a The Southern Brazil Electric Company, que operava a C.C.T.L.F.

1929 – A The Southern Brazil Electric Company que controlava empresas de energia no Brasil, entre elas a Companhia Campineira de Tracção Luz e Força, vende o patrimônio a empresa norte americana Electric Bond & Share Corporation – EBASCO, e por meio de uma subsidiária a American & Foreign Power Company – AMFORP, passa a ter o controle acionário da CCTLF, finalizando esta primeira fase da energia elétrica na cidade, bem como dos bondes.