Decisão do Condepacc abre caminho para revitalizar o Complexo Ferroviário

O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) aprovou, por unanimidade, a proposta de revisão das resoluções de tombamento incidentes sobre o Complexo Ferroviário. A decisão torna viável a realização de projetos urbanos com impacto positivo na requalificação da área central da cidade. A aprovação foi na manhã desta quinta-feira, 17 de março. 

O colegiado aprovou a revisão das resoluções 137/2015, 129/2014 e 130/2014 que tratavam de tombamentos de imóveis localizados no perímetro do Complexo. O Conselho autorizou que essas resoluções sejam alteradas, o que permite a Emdec apresentar projetos à Superintendência do Patrimônio da União (SPU) para aproveitamento urbanístico dessa área. A SPU é a proprietária da área e a Emdec é cessionária (tem a cessão de uso).

A alteração das resoluções não afeta o tombamento de todos os imóveis já declarados tombados no interior do Complexo Ferroviário. Essa revisão permite delimitar mais claramente a extensão dos bens tombados restituindo a segurança jurídica na aplicação dessas resoluções que garantem a proteção do patrimônio cultural.

A partir da decisão do colegiado, o órgão técnico de assessoramento do Condepacc fará proposta de nova redação das resoluções de tombamento. Em seguida, a Emdec pode apresentar à SPU propostas de uso para aquela área, em consonância com o Plano Diretor Estratégico do Município.

Plano Diretor

Essa decisão harmoniza a legislação de proteção ao patrimônio cultural com a política urbana definida pelo Plano Diretor Estratégico do Município. O Plano define essa área do Complexo Ferroviário como integrante da macrozona de estruturação urbana, cuja principal finalidade é a indução de usos urbanos capazes de tornar a cidade acessível a toda a população.

O Conselho apreciou e aprovou a proposta de revisão das resoluções de tombamento incidentes no Complexo Ferroviário apresentada pelo seu órgão técnico, a Coordenadoria Departamental de Patrimônio Cultural (CDPC), após a Secretaria de Cultura e Turismo ser demandada pela Emdec.

A empresa solicitou manifestação das Secretarias de Cultura e Turismo e da de Planejamento e Urbanismo acerca das restrições para a utilização da área cedida à Emdec, a qual ela tem interesse em promover a sua recuperação e utilização.

Todo e qualquer projeto de intervenção na área do Complexo Ferroviário será previamente analisada e aprovada pelo Condepacc e demais órgãos competentes.