"Todos Podem ser Frida" chega em Campinas no Dia Internacional da Mulher

Um dos nomes mais populares da cultura mexicana, a pintora Frida Kahlo (1907 - 1954) inspira gerações. Estampada em camisetas, cadernos, e outros objetos, sua imagem chega em Campinas na quarta-feira, 8 de março, na emblemática exposição "Todos Podem ser Frida", idealizada pela fotógrafa Camila Fontenele Miranda. A mostra marca, na cidade, o Dia Internacional da Mulher.

Itinerante, a exposição, fica em cartaz até 13 de abril, e irá percorrer espaços públicos, como Estação Cultura, CEUs Florence e Esperança e Museu da Imagem e do Som (MIS), sempre com entrada gratuita.

A montagem reúne 24 fotografias e conta, ainda, com uma parte interativa, na qual o público poderá se transformar na própria Frida, utilizando cenografia e adereços oferecidos nos locais.

Em "Todos Podem ser Frida", a curadora apresenta fotos seriadas e produzidas especialmente para compor o projeto, iniciado em 2012, e também imagens captadas a partir de intervenções públicas, quando pessoas, utilizando vestimentas e maquiagem que remetem à imagem de Frida, posaram para a fotógrafa, em diversos eventos. 

Por meio de modelos masculinos caracterizados como a artista mexicana, a fotógrafa capturou as conexões existentes entre arte, identidade de gênero e comportamento social, uma referência à própria história de vida da pintora e seus autorretratos reconhecidos pela inversão de papéis. 

A produção foi realizada por artistas plásticos convidados por Camila e com modelos do sexo masculino. A inversão de papéis e gênero foi propositadamente escolhida para mostrar que a imagem da Frida está presente nas várias nuances do ser humano. 

Considerada parte do Surrealismo, por especialistas em artes plásticas, Frida Kahlo insistia: “Nunca pintei sonhos. Só pintei a minha própria realidade”. Essa ideia é o que mantém viva a essência da obra da pintora mexicana, que se tornou um exemplo de superação após sofrer um grave acidente aos 18 anos. 

Com um espelho diante de sua cama, aventurava-se por pinturas repletas de cores vibrantes que, ao mesmo tempo em que retratavam a dramaticidade de sua própria vida, ainda permitiam estabelecer conexões entre sexualidade e arte. Frida, aliás, relacionava-se tanto com homens quanto com mulheres e, em seus autorretratos, por muitas vezes aparecia com roupas “masculinas” e invertendo sua identidade de gênero.  

A itinerância da exposição em Campinas é realizada em parceria com o  Museu da Diversidade Sexual, da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

Serviço
Exposição "Todos Podem ser Frida", de Camila Fontenele de Miranda.

De 8 a 19/03 - Estação Cultura (Praça Marechal Floriano Peixoto, s/n. Centro. Campinas). Visitação: quarta a sexta, 17h às 20h; sábado e domingo, 9h às 17h.
24 a 29/03 - CEU Florence (Rua Lasar Segal, 110, Jardim Florence. Campinas). Visitação: diariamente, 13h às 19h.
31/03 a 05/04 - CEU Esperança (Rua André Grabois, S.N, Vila Esperança. Campinas). Visitação: diariamente, 13h às 19h.

07 a 13/04 - MIS Campinas (Rua Regente Feijó, 859, Centro. Campinas). Visitação: segunda a sexta, 10h às 18h e das 19h30 às 22h; sábados, 10h às 16h.